Negar-se e Seguir Jesus!
“Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.
Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este
a salvará”. (Lc 9.23-24).
Que o nosso cristianismo diário seja confrontado pelo amor a Jesus, olhando o testemunho dos homens que amaram a Verdade acima de suas próprias vidas! Amém.
Entre os anos 1347-1351, uma doença chamada “Peste Negra” foi levada para a Europa por ratos e pulgas. Uma em cada três pessoas morreu em menos de cinco anos. Nunca, nenhuma guerra ou catástrofe matou tanta gente em tão pouco tempo: 25 milhões de pessoas.
Em outubro de 1348, os doutores da Sorbonne de Paris, enfim, diagnosticaram o mal: a má confluência dos astros estava causando o estrago. O alinhamento de Saturno, Júpiter e Marte, asseguraram eles, era o responsável pelas mortes. A “peste negra” transtornou o cristianismo europeu trazendo trevas religiosas ao mundo civilizado.
John Wycliffe
Uma pequena luz da Boa Nova de Deus surgiu em 31/12/1384 – John Wycliffe, precursor da Reforma, inicia a primeira tradução completa da Bíblia para o inglês. Mais tarde, ele foi condenado pelo Concílio de Constância (1415) e depois de sua morte seu corpo foi desenterrado e queimado em praça pública. Mas esta morte não foi em vão, influenciado por John Wycliffe, Deus moveu um homem chamado John Huss que se tornou a semente da reforma protestante.
Em 1412, o papa João XXIII proclamou uma cruzada contra o rei Nápoles, que tornara-se rebelde. Para levantar fundos contra a guerra, o papa institui a venda de indulgências (perdão) em larga escala por todo o império. John Huss pregou contra a venda. Em seu protesto, afirmou, citando a Bíblia, que só Deus poderia conceder perdão aos homens e ninguém jamais poderia vender algo que procede somente dEle. Em sua luta pela pureza do evangelho John Huss traduziu, pela primeira vez, o Novo Testamento para a língua boêmia. O seu povo começou a ler a Bíblia, a qual não tinha acesso, e a perceber os erros de Roma. Condenado a morrer numa fogueira John Huss morreu cantando a melodia “Jesus, Filho do Deus vivo, tem misericórdia de mim”.
John Huss
Após a morte de John Huss, surgiu um alemão chamado Martim Lutero, que também combatendo a venda de indulgências começou a ensinar que a Salvação era um benefício concedido apenas por Deus, dado pela Graça divina através de Jesus Cristo e recebido apenas através da fé. Lutero viu este tráfico de indulgências como um abuso que poderia confundir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, deixando de lado o arrependimento verdadeiro.
Martim Lutero
Defendendo as verdades de Deus, Martinho Lutero proferiu, três sermões contra as indulgências e no dia 31 de outubro de 1517, pregou 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas. Estas teses condenavam a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso, e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgências significavam. Dai em diante a salvação, o perdão dos pecados e a justificação pela fé em Jesus espalhou-se por todo o mundo. Deus seja louvado!
A minha fé e o meu amor estão firmados no Senhor, estão firmados no Senhor Jesus!
Repousando os meus olhos sobre um histórico tão contundentes de fatos que construíram a nossa história, torna-se inexplicavél qualquer tentativa de esquivar-nos e tapar os nossos olhos para não ver e perceber o porque fomos chamados e porque também existimos como igreja.
Espero um dia incluir em minha biografia histórias tão brilhantes como essas.
Pb. Paulo Henrique - Igreja Menonita do Itatiaia - Goiânia
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